A agricultura moderna trouxe mudanças nas cargas, modos de trabalho e riscos incorporados às novas atividades, que mais tarde passaram a se refletir na saúde, especialmente do trabalhador rural. Os agrotóxicos, também denominados de pesticidas, são atualmente responsáveis pelo comércio de bilhões de dólares em todo o mundo (Moreira et al., 2002). Foi durante a Segunda Guerra Mundial que ocorreu a produção, expansão e síntese de diversos compostos químicos, com propriedades antibióticas ou inseticidas. O DDT e outros organoclorados agem como neurotóxicos, como também na função endócrina. Por isso, indivíduos que contém altas concentrações de Dientrin no sangue, por exemplo, possuem maior quantidade de hormônio estimulante da tireóide – TSH, apresentando quadro de hipertireoidismo (Rathore et al., 2002). Estudos epidemiológicos de exposição ao DDT verificaram um aumento de câncer de mama em mulheres com altas taxas plasmáticas de DDE, um metabólito do DDT. Outras ações causadas pelo efeito estrogênico de organoclorados incluem: diminuição da quantidade de sêmen e câncer de testículo nos homens; indução de anormalidades no ciclo menstrual e aborto espontâneo em mulheres; diminuição do peso ao nascer e alteração no amadurecimento sexual (Carls en et al. apud Meyer et al., 1999; Toft et al., 2004).
A Organização Mundial da Saúde acredita que, anualmente, entre 3 e 5 milhões de pessoas sejam intoxicadas por agrotóxicos no mundo e resíduos destes produtos nos alimentos continuam a preocupar consumidores que carecem de informações.
São sugeridas diversas ações para minimizar os efeitos dos agrotóxicos, como uma maior fiscalização na comercialização e uso destes produtos químicos, simplificação dos rótulos nas embalagens e maior adequação dos equipamentos de proteção. Espera-se que o exposto possa colaborar com ações preventivas.
Valéria Moretto.
Eu concordo prontamente com este estudo, pois o uso desmedido de agrotóxicos vem se mostrando algo muito prejudicial tanto para humanos quanto para a pobre coitada da natureza. Eu acho que mais do que fiscalizações, adequações dos equipamentos de proteção, entre outros, o incentivo deveria ser bem maior para que ao invés de produtos químicos, passe-se a usar(com cautela e precisão) o famoso controle biológico de pragas, onde se utiliza do bem sucedido exemplo natural para controlar organismos indesajáveis, sem prejudicar a lavoura, o ambiente em geral e claro livrando o homem de moléstias futuras.
ResponderExcluirInteressante o assunto.Se pensarmos ainda que com a globalização e cada vez a falta de tempo e a grande quantidade de alimentos a ser produzida,isso pode ser um fator que tenha grande influencia na produção desses alimentos com agrotóxicos. Parabéns pelo post.
ResponderExcluiro uso de agrotoxicos é muitas vezes necessário, mas o uso excessivo é prejudicial, tambem é precisamos pensar pelo ponto de vista do produtor,que quer uma safra produtiva e saudavel e muitasveses visando isso passa a usar produtos toxicos em demasia, e isso é ruim tanto para o produtor quanto para o consumidor , tendo em vista esse problema existem outros tipos de controle de pragas, como o controle biológico feito por outros animas como nematóides(parasitas que matam insetos nocivos à lavoura)assim o produtor poderia economisar em agrotóxicos e ao mesmo tempo preservar a fertilidade de suas terras e propiciar produtos de melhor qualidade.
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